quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013
ENTREVISTA EXCLUSIVA - Os criadores do Beertone explicam sua invenção
Na prática, são 202 cards em formato de copo de cerveja (17.5 cm x 5cm), com as cores variando do amarelo pálido das lagers de massa ao preto denso das mais ricas stouts imperiais, cada uma representada por um rótulo. Querendo saber mais (como sempre), fomos atrás dos criadores do Beertone. Radicado na Suíça desde 2009, onde trabalha em uma agência de propaganda, o brasileiro Alexander Michelbach é um deles; o outro é o suíço Daniel Eugster, também do ramo publicitário. Em entrevista exclusiva ao designer do 700 Cervejas, Vinicius Borges, eles explicam, afinal, do que se trata sua invenção.
ENTREVISTA
ALEXANDER MICHELBACH E DANIEL EUGSTER, CRIADORES DO BEERTONE
quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013
Bebendo com os olhos #4 - Früh Kölsch - Um desafio delicioso ao olhar
Basicamente, duas famílias tipográficas compõem o rótulo dessa cerveja: uma gótica estilizada, e uma do tipo "bastão" com variações de peso entre as laterais e "falsas serifas" nas extremidades - decisão que considero bem acertada. Dá o recado, contextualizando a origem da cerveja, além de não confundir o consumidor com uma salada tipográfica sem sentido. A opção por uma gótica mais estilizada confere um tom de modernidade ou adequação aos tempos atuais, sem deixar de preservar a relação com a tradição da região.
Contando com uma inusitada combinação de dourado fosco e vermelho forte em seu rótulo, a Früh é um deleite e um desafio ao olhar. A "vibração ótica" (o quanto uma combinação de cores se apresenta harmônica ou não ao olhar) causada pela sobreposição dessas cores nos repele, ao mesmo tempo em que a combinação de uma grande área branca, da fonte (tipografia) principal e do símbolo em dourado (três coroas muito bem desenhadas) nos convidam a investigar melhor o rótulo. É um mix de incômodo e atração.
A cor preta aparece em abundância, nesse que eu considero o rótulo do verso mais bem composto, sob o ponto de vista do design, que já tive o prazer de degustar e analisar. O detalhe da diagramação do texto levando em conta a reprodução da tampa é duplamente convidativo: estimula a leitura e chama atenção para a gloriosa combinação de cores que tão bem funciona na tampinha.
Outro destaque interessante vai para o rótulo do gargalo. Ali, vemos novamente a combinação do vermelho com o dourado (agora também como uma faixa que não nos exige maiores leituras e alivia o olhar nas coroas) e o branco que compõe a cor da fonte gótica dessa vez. O corte transversal fecha muito bem o layout do rótulo. Comunica elegância e ousadia, com o toque da tradição, conceitos explorados em todo o design da própria cerveja.
O único porém seria em relação à faca (corte) do rótulo frontal. Embora não muito evidente quando a garrafa está cheia, o formato mais geométrico do rótulo não harmoniza com a ideia do design bem pensado de todo o produto. Não consigo entender porque fazer o recorte nesse formato quando seria mais simples manter o desenho retangular do rótulo, ou ainda cortá-lo de maneira ovalada.
Concluindo e degustando a Früh, podemos dizer que realmente tudo nela foi pensado para transmitir o conceito de simplicidade, mas com sutilezas, elegância. Um desafio ao olhar - e ao paladar -, e acima de tudo, de bom gosto.
sexta-feira, 8 de fevereiro de 2013
Nos EUA, Congresso vai discutir redução de impostos para cervejarias artesanais
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