sábado, 31 de março de 2012
Especial Westvleteren parte 1 - Uma cerveja para alimentar a fé dos bebedores
Jan de Deken
ESPECIAL PARA A VOLTA AO MUNDO EM 700 CERVEJAS
A melhor cerveja do mundo, segundo o respeitável site Ratebeer.com, é feita em um pequeno monastério chamado Saint Sixtus, no ponto mais extremo do oeste da Bélgica, entre os campos de batalha e as tumbas de milhares de vítimas da Primeira Guerra. É hora de revelarmos alguns segredos da quadruple Westvleteren 12.
100/100 é a pontuação inegável da Wstvleteren 12. Depois de um ano no segundo lugar do ranking mundial, ela retomou à posição de número 1. A demanda continua crescendo, os preços de mercado sobem a centenas de dólares por uma pequena garrafa do líquido dourado, mas os monges católicos responsáveis por isto tudo permanecem ascéticos e se recusam a aumentar a produção.
Como pode uma cerveja que só está disponível a poucos liderar o ranking mundial? Fazer a pergunta já é respondê-la parcialmente.
terça-feira, 27 de março de 2012
Yes, nós temos princípios
Nós, blogueiros de cerveja, estamos nos organizando de forma mais estruturada. A coisa é séria. Amadores ou profissionais, não importa. Reunimos um grupo - que já conta com mais de 20 integrantes e, esperamos, vai crescer muito mais ainda este ano - em torno de princípios comuns, debatidos à exaustação desde o mês passado.
Estes princípios foram reunidos numa carta, que tive a honra e a satisfação de redigir. O documento está sendo divulgado oficialmente hoje por todos os blogueiros que assinaram o compromisso. O texto é um pouco longo, mas peço a paciência dos amigos leitores.
quinta-feira, 15 de março de 2012
Azar de um, sorte de outros...
Atenção, galera !
Um amigo e leitor do blog teve a sorte de conseguir um caixa de Westvleteren 12, mas por motivos pessoais vai ter que se desfazer de algumas...
São nove garrafinhas, que ele está disposto a passar adiante por R$ 140 cada. Quem se interessar, pode mandar email para Thiago Johnson (thiagosjohnson@hotmail.com).
O que é uma Westveteren, você pergunta? É simplesmente a melhor cerveja do mundo, de acordo com a opinião da massa cervejeira que vota no Ratebeer.com.
Ela não é comercializada fora da Abdij de Sinjt Sixtus, e os monges que a fabricam impõe toneladas de restrições às vendas (falaremos dela em breve no blog, com texto de um convidado bem especial).
Portanto, fica a dica. E não, antes que alguém pergunte, não estamos levando comissão.
quinta-feira, 8 de março de 2012
O trovador revolucionário da cerveja - Entrevista exclusiva com Teo Musso - parte 2
Você mencionou certa vez que suas primeiras produções foram mandadas para 500 restaurantes, que as consumiram, mas ficaram "envergonhados" de oferecê-la aos clientes. Quase 15 anos depois, há algum sinal desta rejeição do público? Como é a resposta atualmente?
A resposta atualmente é muito boa. Vários restaurantes tem na lista minhas cervejas e as pessoas tem demonstrado interesse em combiná-la com comida.
As birras Le Baladin são distribuídas para quantos bares e restaurantes na Itália?
Cerca de 2 mil.
Já bebemos a Nora e a Xyauyú. Você faz muita pesquisa em receitas antigas - de uma perspectiva histórica, por assim dizer - para achar ingredientes? Como surgiu a ideia de usar grãos de kamut (na Nora)?
Como você disse, é uma verdadeira perspectiva histórica, porque a cerveja é a bebida mais antiga produzida pelo homem. A ideia do kamut veio quando pensei em usar algo similar ao que era utilizado pelos antigos egípcios (que foram a inspiração para a cerveja).
Sua primeira safra de lúpulo já foi colhida? Qual ou quais você plantou, e quais foram seus critérios?
A primeira safra de lúpulos foi colhida em agosto em nosso campo experimental. Plantamos Mittelfrüh, Hersbrucker e Magnum (originários de Hallerthau) e Cascade (do Oregon). Quisemos ter lúpulos tradicionais europeus com um de "nova linha" da América.
Quantos litros a Baladin produz - mensal ou anualmente? Há planos imediatos de aumentar o volume?
Cerca de 7,5 mil hectolitros por ano. Vai aumentar um pouquinho mais nos próximos dois anos.
quinta-feira, 1 de março de 2012
O trovador revolucionário da cerveja - Entrevista exclusiva com Teo Musso - parte 1
Na primeira - e até agora, única - vez em que o cervejeiro italiano Matterino "Teo" Musso veio ao Brasil, para participar da Brasil Brau 2011, nosso blog ainda não havia sido criado. A próxima vez deve ocorrer este mês, segundo ele revela nesta entrevista por email. O pessoal da cervejaria ainda não respondeu o que ele vem fazer... Mas eu aposto que é para o Festival Brasileiro da Cerveja, em Blumenau.
O criador da 'birreria' Baladin (Trovador), de 48 anos, contou como foi o seu começo na profissão, falou de suas criações, da reconciliação cervejeira com o pai, e disse não descarta abrir um bar no Brasil (será que há algum cervejeiro estrangeiro que descarte?).
Ah, sim, além de ser inventor de cervejas deliciosas como Nora, Elixir e Xyauyú, a cervejaria dele tem um cervejoduto de quase meio quilômetro. E durma-se com esse barulho...
Enfim, Teo Musso é O Cara. Leiam e vocês hão de concordar comigo.
Como fizemos pencas de perguntas (e nós iríamos perder a chance?), a entrevista será dividida em dois posts.
Assinar:
Postagens (Atom)