quinta-feira, 8 de março de 2012

O trovador revolucionário da cerveja -
Entrevista exclusiva com Teo Musso - parte 2

Para quem já se deliciou com a primeira parte, segue a segunda parte da entrevista com o mestre cervejeiro da birreria italiana Baladin, Teo Musso.

Você mencionou certa vez que suas primeiras produções foram mandadas para 500 restaurantes, que as consumiram, mas ficaram "envergonhados" de oferecê-la aos clientes. Quase 15 anos depois, há algum sinal desta rejeição do público? Como é a resposta atualmente?

A resposta atualmente é muito boa. Vários restaurantes tem na lista minhas cervejas e as pessoas tem demonstrado interesse em combiná-la com comida.

As birras Le Baladin são distribuídas para quantos bares e restaurantes na Itália?

Cerca de 2 mil.

Já bebemos a Nora e a Xyauyú. Você faz muita pesquisa em receitas antigas - de uma perspectiva histórica, por assim dizer - para achar ingredientes? Como surgiu a ideia de usar grãos de kamut (na Nora)?

Como você disse, é uma verdadeira perspectiva histórica, porque a cerveja é a bebida mais antiga produzida pelo homem. A ideia do kamut veio quando pensei em usar algo similar ao que era utilizado pelos antigos egípcios (que foram a inspiração para a cerveja).

Sua primeira safra de lúpulo já foi colhida? Qual ou quais você plantou, e quais foram seus critérios?

A primeira safra de lúpulos foi colhida em agosto em nosso campo experimental. Plantamos Mittelfrüh, Hersbrucker e Magnum (originários de Hallerthau) e Cascade (do Oregon). Quisemos ter lúpulos tradicionais europeus com um de "nova linha" da América.

Quantos litros a Baladin produz - mensal ou anualmente? Há planos imediatos de aumentar o volume?

Cerca de 7,5 mil hectolitros por ano. Vai aumentar um pouquinho mais nos próximos dois anos.



Você também mantém um projeto social de uma escola de música para pessoas com necessidades especiais. Como funciona e há quanto tempo existe?

Existe há sete anos. O projeto nasceu porque uma das minhas paixões é a música e gosto de compartilhar isto com todo mundo. Daí, a ideia de uma escola de música. E quis também envolver as pessoas com necessidades especiais que amam tanto ser parte de algo assim. Acima de tudo, porque eles dão uma energia imensa.

Depois de estar aqui na Brasil Brau em junho passado, quando você pretende retornar ao país?

Penso que em março de 2012.

Le Baladin tem bares e restaurantes em Nova York, no Marrocos e em Roma. O Brasil é uma possibilidade?

Por que não? Mas não no momento.

Ao participar do evento Degusta Beer no Brasil, você teria bebido "40 ou 50" cervejas brasileiras. Tem uma favorita?

Não há uma favorita, mas foram cervejas muito boas.

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