quinta-feira, 2 de agosto de 2012
DataCerva informa: preço da cerveja aumentou mais de 10% desde o ano passado
Para descobrir a resposta, o DataCerva, instituto de pesquisas cervejológicas aplicadas de A Volta ao Mundo em 700 Cervejas, foi conferir os dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). É um trabalho chato buscar informações no meio daquela numeralha, mas - acreditamos - alguém tem que fazê-lo. Vida de cervejeiro também pode ser dura...
Nos últimos 12 meses, ou seja, de julho de 2011 a junho deste ano, segundo os dados mais recentes divulgados pelo IBGE, o preços da cerveja consumida em casa subiram 11,28% e da cerveja fora de casa, 10,76%. No mesmo período, os preços de produtos em geral aumentaram, em média, 4,92%.
A maior parte do aumento ocorreu no último semestre do ano passado. Já nos seis primeiros seis meses de 2012, o resultado foi o seguinte:
O IBGE coleta os dados para este índice nas regiões metropolitanas de Belém, no Pará; Fortaleza, no Ceará; Recife, em Pernambuco, Belo Horizonte, em Minas Gerais; Rio de Janeiro; São Paulo, nos estados de mesmo nome; Curitiba, no Paraná; e Porto Alegre, no Rio Grande do Sul. Confira as variações:
E de que maneira o IBGE sabe a diferença entre o que é pra beber em casa e o que é pra beber fora? Pelo local da coleta dos dados. São consideradas cervejas para beber em casa as compradas em supermercados e padarias (onde existe algum consumo dentro da loja, mas baixo), e, para beber fora, as compradas em bares e restaurantes.
Os por quês das variações regionais são muito difíceis de identificar com precisão, até para os técnicos responsáveis pela pesquisa e analistas de mercado. Em breve, esperamos contar com um conjunto de dados ainda maior e a colaboração de outros especialistas, que nos permitirão fazer suposições bem embasadas.
Mas de modo geral, os especialistas lembram que, nesse período, o setor cervejeiro foi abatido por um anúncio de alta de imposto sobre produtos industrializados (IPI). Apesar de usarem muitos insumos estrangeiros, alta do dólar não preocupa as grandes cervejarias, normalmente protegidas das variações cambiais por negociações específicas (hedge) nas bolsas de valores. As empresas já deram demonstrações claras de que não vão sacrificar margem de lucro em prol do consumidor.
Ou seja... a coisa está ruim e a tendência não é melhorar.
Abaixo, a quem interessar possa, colocamos os gráficos relativos ao primeiro semestre deste ano. Hipóteses que ajudem a tentar entender o comportamento dos preços são bem-vindas.
BELÉM (PA)
FORTALEZA (CE)
RECIFE (PE)
SALVADOR (BA)
BELO HORIZONTE (MG)
RIO DE JANEIRO (RJ)
SÃO PAULO (SP)
CURITIBA (PR)
PORTO ALEGRE (RS)
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